O que são crenças?
Neste post abordaremos os seguintes tópicos sobre crença:
- O que são crenças?;
- Conhecendo as minhas crenças;
- Crenças e Comportamentos;
- Classificação;
- O que são crenças limitantes?;
- Como identificá-las?;
- Como usá-las em meu favor?;
- Crenças que não fazem sentido.
Então… vamos começar!
O que são crenças?
Crença é tudo o que uma pessoa acredita que é verdade. Essa é a definição básica. Qualquer coisa que você acredita como verdade, na verdade é uma crença sua.
Desde quando nascemos, a pessoa analisa e tira conclusões de tudo o que acontece ao seu redor. Isso também pode acontecer inconscientemente. O conjunto de significados que damos aos fatos que acontecem em nossas vidas formam o nosso sistema de crenças.
O resultado da análise do que vivemos pode nos fazer criar verdades dentro de nós, nossas crenças! Ou seja, as verdades do mundo não são únicas. O que é verdade para uma pessoa, não é verdade para outra.
Como não vivemos a realidade do outro, o que acreditamos é que nossas são as verdadeiras e definitivas. Ao nos depararmos com uma crença alheia, diferente da nossa, passamos a considerar a crença da pessoa como algo errado.
Esse tipo de pensamento não permite que a pessoa abra seu campo de visão para enxergar outras possibilidades de agir e, consequentemente, de evoluir como pessoa.
Se um líder conversar com alguém da equipe como se a visão do colega fosse igual à sua visão, ele pode causar ruídos na comunicação. (Isso será explicado mais para frente deste artigo)
Conhecendo as minhas crenças
Conhece-las significa conhecer nossos maiores potenciais e nossas maiores limitações. Significa chegarmos mais perto do fato, e menos do significado que damos a ele.
“Fatos são fatos. Eles não são alegres ou tristes.
A representação interna e significados que damos a eles é que podem ser alegres ou tristes.
Seja o comandante das suas Emoções.”
Neil Hamilton Negrelli Junior, Presidente do INEXH
Para quem conhece coaching, sabe a importância de saber agir em momentos de adversidade. Uma pessoa com o Quociente de Adversidade elevado, que sabe lidar mais facilmente com obstáculos na vida, é a que conhece a dimensão real do problema e tem a mente aberta para buscar outros caminhos.
Para se tornar essa pessoa, uma das habilidades treinadas é o reconhecimento das nossas crenças.
Conhecer nossas crenças é ganhar liberdade para agir, ter controle sobre a sua própria vida e, assim, tomar decisões mais adequadas e alinhadas aos nossos objetivos. Quando acreditamos que só existe uma verdade no mundo, que nós estamos certos e o resto do mundo está errado, nós perdemos a oportunidade de crescer.
É claro que conhecer suas crenças não é a única característica que torna uma pessoa um bom líder de uma equipe ou de si mesmo. Várias outras habilidades dever ser treinadas, como a capacidade de criar hábitos e os manter, a comunicação assertiva, a boa formulação de objetivos e estratégias, conhecer o ecomodelo de linguagem, dentre outras. Mas conhece-las pode ser um bom primeiro passo, já que passamos a ter clareza sobre nossos problemas. Não conseguimos resolver algo que não sabemos que existe.
Crenças e Comportamento
As crenças são “profecias autorrealizáveis”. Elas fazem você se comportar de acordo com o que você acredita. Se você acha que não vai bem em um determinado processo seletivo de emprego, por exemplo, na próxima vez que você participar de um, você realmente não irá bem.
Se você acredita que tem facilidade para aprender matemática, você parte para o estudo da matemática com motivação e disposto a aprender, logo tem um bom resultado. Tendo um bom resultado, você reforça a sua crença de que é bom em matemática. E isso se torna seu ciclo de realidade, que reforça cada vez mais sua crença.
Aqui foi dado um exemplo de crença possibilitadora, mas ela poderia ser limitante. Se a pessoa acreditasse que ela é ruim em matemática, o ciclo de realidade dela ia reforçar cada vez mais a crença limitante dela.
Ou seja, se você acredita que vai conseguir ou se acredita que não vai conseguir, das duas formas você está certo.
Classificação
Existem três formas de classificar as crenças.
A primeira as divide em CRENÇAS UNIVERSAIS e CRENÇAS PESSOAIS.
UNIVERSAIS: São as que todos possuem.
Exemplo: “O céu é azul.”
PESSOAIS: São as que algumas pessoas possuem e outras não.
Exemplo: Algumas pessoas acreditam que é fácil ter crescimento no trabalho, outras não.
Toda vez que aparece uma oportunidade de crescimento, primeiramente elas vão enxergar a dificuldade para chegar lá. Se a pessoa acredita que é fácil, ela consegue focar em como vai fazer para chegar lá.
A segunda forma de classificar as Crenças é por ORIGEM DA FORMAÇÃO.
GERADAS POR APRENDIZADO:
A pessoa aprende a crença com alguém. Normalmente pessoas com alto poder pessoal geram crenças conseguem gerar crenças de modo fácil em outras pessoas. Essas pessoas podem ser, por exemplo, pais, professores, médicos, etc. Quando um médico diz que uma doença é grave, tendemos a acreditar sem questionar.
GERADAS POR REPETIÇÃO:
É quando determinada situação acontece repetidas vezes.
Imagine a seguinte situação: Toda vez que chove, uma criança é proibida de brincar e se sente triste com isso. A chuva vai acontecer repetidas vezes na vida dela.
Quando essa criança crescer, é muito provável que ela ache um dia chuvoso “feio”. Mesmo não pensando sobre isso, pode ser que toda vez que está chovendo, essa pessoa fique triste, mesmo não sabendo conscientemente o porquê.
Só que o fato de estar chovendo é apenas um fato. A tristeza é o significado que ela deu para a chuva. Agora imagine a situação de outras crianças. Suponha que todas as vezes que chovia, seus pais e avós faziam um “bolinho de chuva” e inventam brincadeiras juntos para passar o tempo dentro de casa. Talvez essa pessoa cresça e toda vez que chova ela tenha uma sensação de aconchego, de conforto muito grande.
Se, em uma conversa, a pessoa que gosta de chuva disser “hoje o dia está feio, não vamos fazer tal coisa”, a que gosta de chuva não vai entender ou concordar.
É claro que esse é um exemplo muito simples, não vai trazer consequências graves na vida dos dois. Mas muitos casamentos passam por dificuldades por conta de crenças diferentes entre companheiros.
É por isso que, anteriormente, foi dito que olhar o mundo através de nossas crenças ao invés de olhar para os fatos pode trazer ruídos na comunicação.
As crenças possuem ainda uma terceira classificação de acordo com a sua estrutura: elas podem ser de merecimento, de possibilidade, de necessidade, entre outras.
Crenças Limitantes
Assim como existem milhares de crenças dentro de nós que nos permitem reconhecer o mundo e, portanto, agir nas situações do dia-a-dia, algumas podem se tornar limitantes, quando a pessoa só vê determinada situação de uma maneira que traz resultados indesejados para ela.
CRENÇAS:
LIMITANTES DE MERECIMENTO: É quando uma pessoa acredita não merecer algo. Muitas vezes essa crença vem no formato de “Isso não é para mim”.
LIMITANTES DE POSSIBILIDADE: A pessoa acredita que certos fatos são impossíveis e encontra diversas barreiras para afirmar essa crença. Exemplo: “Impossível eu jogar basquete com a minha altura”.
DE NECESSIDADE: A pessoa acredita necessitar de algo para poder realizar alguma coisa. Exemplo: “Só vou ser feliz quando passar na faculdade” ou “Só é bem sucedido quem trabalha 24 horas por dia, 7 dias por semana”.
Como identificá-las?
Se elas são inconscientes, como descobrir as crenças que eu tenho?
Como já disse, elas são “profecias autorrealizáveis”, ou seja, no seu dia-a-dia, você realizará ações ditadas pelas crenças que tem. Sendo assim, ela é identificada em COMPORTAMENTOS que acontecem com frequência em nossas vidas.
Portanto, suas crenças possibilitadoras podem ser encontradas em conjunto de habilidades suas. Por trás de um conjunto de atividades que você realiza bem, existe uma crença.
Já as suas crenças limitantes são encontradas quando você passa a reparar nos comportamentos ou resultados indesejados que você obtém no dia-a-dia.
Como usá-las ao seu favor?
Com as informações deste artigo, você já consegue obter resultados mais positivos em sua vida. Já consegue identificar que resultados não estão adequados para a vida que você deseja ter.
Quando fizer isso, vai conseguir traçar uma linha que liga todos os seus resultados a um comportamento indesejado seu e, como você já sabe, por trás de um comportamento indesejado, existe uma crença. Assim, você passa a ter clareza de por onde começar e quais crenças modificar para ter melhores resultados.
Você pode também usar crenças possibilitadoras para te impulsionar na realização de seus objetivos.
Uma boa dica é você dizer para seus objetivos três coisas
EU QUERO, EU POSSO, EU MEREÇO!
Pense todos os dias naquele objetivo que você quer muito e repita essas três frases. Você vai ver o poder que uma crença tem.
Crenças que não fazem sentido
- “Apenas Comece”
Sim, é importante a iniciativa. Só que começar e NÃO continuar não realiza sonhos.
Comece agora com o que tem, se desenvolva e melhore cada vez mais com consistência.
- “Você é do tamanho dos teus sonhos”
Não, você é do tamanho dos seus sonhos, das suas AÇÕES, CRENÇAS E VALORES.
- “É errando que se aprende”
É possível aprender com a vivência do outro e é possível aprender acertando!
Cuidado ao comprar essa crença, você está colocando para o seu inconsciente que deve errar com frequência…
Se quiser assistir um conteúdo mais denso sobre o assunto, fica aqui a Live sobre Crenças Limitantes e Possibilitadoras feita pelo Instituto INEXH:
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